Os antitranspirantes têm como função reduzir a eliminação de suor.
Na verdade, o suor produzido nas axilas não tem qualquer cheiro. No entanto, à superfície da nossa pele habitam bactérias que fazem parte da nossa flora normal e metabolizam o suor, libertando resíduos que lhe conferem o seu cheiro característico.
- Cloreto de alumínio: Aluminium chlorohydrate, mais frequente, em roll-on e spray
- Hidróxido de alumínio
- Sais de alumínio e zircónio: Aluminum Zirconium Tetrachlorohydrex GLY, sticks e géis
- Sais de alúmen, “Cristais de alumínio” muito utilizados por marcas de produtos naturais
- Alúmen de sódio, Sodium alum
- Alúmen de amónia, Ammonium alum
- Outros
A redução da transpiração mantém a pele seca, o que não acontecia com os desodorizantes e impede também a proliferação de bactérias, que passam a ter menos água e nutrientes que as permitam proliferar, e por isso libertam também menos odores.
Nos últimos anos foram surgindo alguns mitos relativamente a estes produtos. E embora não tenham deixado de ser estudados, até hoje os antitranspirantes são autorizados, regulados e utilizados sem problemas pela maioria das pessoas.
O que acontece é que o canal irá esvaziar mais lentamente, o que leva à menor expulsão de suor, sem que a glândula alguma vez deixe de funcionar. (imagem à direita).
Basta pensar que mesmo quando se aplica um antitranspirante, se estiver muito calor ou perante uma atividade física intensa, é inevitável acabar por transpirar.
É de realçar que o efeito do antitranspirante é temporário, e que não anula a transpiração. Para além disso, e embora seja também um meio de detoxificação do organismo, o suor é maioritariamente constituído por água e cloreto de sódio (sal), com uma percentagem muito baixa de outras substâncias.
Por esse e outros motivos, a sudorese não tem um papel muito significativo na expulsão de compostos tóxicos do organismo, sobretudo quando comparada com outras secreções biológicas.
Em Março de 2014, vários especialistas da Comissão Europeia reviram os diversos estudos relativos a este assunto e emitiram uma opinião, concluindo que esses estudos não permitem estabelecer nenhuma ligação entre o uso de anti-transpirantes e a incidência de cancro da mama. Nos Estados Unidos, já National Cancer Institute tinha emitido uma opinião semelhante em 2008.
Nesta conclusão, há vários pontos a ter em conta:
- Os sais de alumínio utilizados em desodorizantes antitranspirantes reagem com o suor formando géis insolúveis em água, e que por isso são dificilmente absorvidos para a corrente sanguínea. Para além disso, estas partículas têm dimensões relativamente elevadas e características fisico-químicas que dificultam essa entrada.
- Os vários estudos conhecidos até hoje que analisaram o do uso de antitranspirantes e a incidência do cancro da mama em humanos não permitem concluir que:
- O alumínio por si só tenha potencial carcinogénico
- O uso do desodorizante anti-transpirante possa estar relacionado com o aumento da probabilidade de desenvolver cancro da mama
- Espaçando a depilação da aplicação do antitranspirante (por exemplo depilando a axila à noite, a aplicando o desodorizante de manhã) ou
- Optando por desodorizantes sem ação antitranspirante, que apenas reduzem o odor. Nesse caso, devem também ser evitados desodorizantes contendo álcool, uma vez que quando está presente nestes produtos encontra-se em concentrações relativamente elevadas, e é igualmente sensibilizante.
- Ácido adípico (derivado dos silicones)
- Extratos vegetais:
- Óleo de fruto de Bursera graveolens
- Flor de Humulus lupulus
- Flor de Hypericum perforatum
- Acetilmetionato de cobalto (Cobalt Acetylmethionate)
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