Comecei a pesquisar esta publicação a pedido de uma leitora. E por incrível que pareça, no dia seguinte apareceram-me as primeiras frieiras que alguma vez tive! Parece que o meu subconsciente levou esta publicação demasiado a sério… Felizmente não durou muito. Mas temi que o meu dedo mindinho explodisse!

Embora seja uma publicação um bocadinho diferente daquilo que costumo fazer, a verdade é que não existe muita informação acerca das frieiras, que para algumas pessoas podem ser muito incomodativas e dolorosas.
Contudo, em casos ligeiros este problema também pode ser prevenido de formas muito simples.Por isso, deixo-vos algumas dicas para lidarem com estas chatas da melhor maneira possível.

Como se formam?

 
As frieiras, também designadas por eritema pérnio ou perniose, formam-se tipicamente nas extremidades corporais, como os dedos das mãos e dos pés.
 
Numa situação normal, e para preservar o calor corporal, os vasos sanguíneos contraem quando expostos ao frio, e esta contração é “aliviada” pontualmente. Contudo, em pessoas com tendência para desenvolver frieiras, a vasoconstrição prolonga-se por mais tempo, privando as células em redor de oxigénio, seguindo-se uma dilatação dos vasos prolongada, que resulta em extravasamento de líquido e inflamação. 
 
Este processo provoca lesões cutâneas que se caracterizam pelo inchaço, comichão dor. As frieiras resolvem-se espontaneamente em uma a três semanas, mas podem ocorrer novamente ou até evoluir para a formação de fissuras, que por sua vez podem infetar..
 
Como identificar?
 
As frieiras tendem a aparecer entre Novembro e Março, que em Portugal são os meses mais frios e húmidos, e podem afetar os dedos, nariz, olheiras, é em algumas pessoas também as nádegas e coxas.
 
A zona afetada fica inchada, vermelha ou violácea. Algumas pessoas podem desenvolver também bolhas e feridas. 
 
Normalmente as frieiras duram cerca de uma semaa, mas podem prolongar-se por mais tempo.
 
Este problema é mais frequente em mulheres jovens, sobretudo se já sofrem de Doença de Raynaud, e também em fumadores, uma vez que o tabaco é etremamente nocivo para a circulação sanguínea.
 
Como prevenir?
 
A melhor forma de evitar o aparecimento das frieiras é proteger diariamente a pele das zonas suscetíveis logo nos primeiros dias de frio.
 
Por muito tentador que seja, é importante evitar aquecer as mãos e pés à lareira, ou lavá-los com água muito quente. Mais uma vez, não queremos grandes variações de temperatura nos locais mais suscetíveis.
 
Infelizmente, uma boa hidratação da pele não é suficiente para proteger a pele do aparecimento de frieiras. Assim, os cremes preventivos apenas reforçam a sua função de barreira, mas não dispensam de maneira nenhuma os cuidados anteriores.
 
É possível tratar?
 
Não é fácil tratar as frieiras…
 
No entanto, nas farmácias existem preparações tópicas com ingredientes de ação refrescante, como a cânfora, que podem ajudar a aliviar a comichão e o ralor causados pelas frieiras, desde que não sejam aplicados na pele ferida. 
 
Por outro lado, quando este problema afeta significativamente o nosso dia-a-dia, também alguns medicamentos anti-inflamatórios ou de ação vasodilatadora sujeitos a receita médica podem aliviar estes sintomas.
 
Por tudo isto, o mais importante é mesmo continuar a isolar as zonas afetadas, por forma a reduzir um novo aparecimento do edema.

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Marta Ferreira, farmacêutica e fundadora da comunidade “a pele que habito