No nosso país a pele bronzeada é muito valorizada, e para a conseguir os cuidados com o sol são muitas vezes negligenciados. Contudo, a pele exposta ao sol durante tantos anos pode desenvolver desordens de pigmentação, que para algumas pessoas se podem tornar-se bastante incómodas.
Trago-vos este assunto antes de muitos outros que quero abordar porque nos aproximamos da altura ideal para começar a tratar este problema.
- Sardas (efélides)
Geralmente são pontos de pequenas dimensões, que podem ser mais acastanhados, rosados ou avermelhados e aparecem pela primeira vez na infância. Estão mais associada aos fototipos I e II, e o seu aparecimento tem uma forte componente genética, mas as sardas podem acentuar-se com a exposição solar.
Geralmente aparecem no rosto, mas podem estender-se ao pescoço, peito e braços.
- Melasma
É uma desordem pigmentar comum em mulheres em idade fértil, nas quais geralmente é crónica (mas pode ser prevenida, atenuada e por vezes tratada,) e sobretudo nas grávidas, sendo nesse caso uma situação transitória que desaparece 1 a 5 anos após o parto. Mais raramente pode aparecer após a menopausa, e em mulheres que façam terapia de substituição hormonal.
- Lentigos solares
- Hiperpigmentação/hipopigmentação pós-inflamatória
Determinados tipos de lesão ou tratamento podem provocar inflamação na pele, tornando-a mais suscetível à hiperpigmentação ou à hipopigmentação, dependendo da lesão e pessoa em causa. Há pessoas com maior tendência a desenvolver alterações de pigmentação pós-inflamatória do que outras, sendo que é mais comum em peles negras, e pode acontecer após os seguintes eventos:
- Traumas e doenças de pele
- Feridas
- Cirurgia
- Acne
- Eczema
- Reação alérgica
- Queimaduras
- Tratamentos
- Peeling químico
- Dermabrasão
- Tratamentos com uso de luz UV
- Pigmentação associada a doenças e medicamentos
Há determinados medicamentos que podem causar ou agravar desordens pigmentares. São exemplo disso a fenitoína, hidantoína e contracetivos orais podem contribuir para o aparecimento de melasma, ou de uma alteração na pigmentação de aspeto semelhante. Nesse caso, os tratamentos despigmentantes serão pouco eficazes, e por isso será o médico a decidir a manutenção ou não da medicação.
São exemplo disso:
- Dermopatia diabética, que afeta cerca de 70% dos doentes, e localiza-se principalmente nas pernas, abaixo dos joelhos. Começa pelo aparecimento de uma borbulha rosada ou acastanhada, que alastra e pode ter embas as colorações. Podem desaparecer espontaneamente, sendo que neste caso o foco deve ser o controlo da diabetes.
- Tinhas/ Pitiríase versicolor, uma infeção fúngica (Malassezia furfur) que normalmente aparece a partir da adoslescência e não está relacionada com a maior ou menos higiene. Afeta maioritariamente o peito e a parte superior das costas, zonas mais gordurosas do corpo, sendo que as manchas podem ser castanhas, rosadas ou avermelhadas. As manchas podem ter alguns centímetros de diâmetro, tornando-se brancas ao fim de algum tempo, uma vez que a pele infetada não consegue voltar a produzir melanina até que seja renovada.
- Zona, trata-se da reativação do vírus da varicela e pode manifestar-se no tronco ou no rosto. Após o desaparecimento das bolhas pode persistir uma cicatriz.
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