Andava curiosa para experimentar um champô sólido, e este da Garnier pareceu-me uma boa escolha, atendendo ao preço e à comodidade de poder comprá-lo num supermercado. Hoje falo-vos da minha experiência, bem como dss vantagens dos cosméticos sólidos.
O que é?
Um champô sólido
Alegações
Fórmula reparadora para cabelo frágil
94% de origem vegetal.
97% biodegradável
Fórmula de enxaguamento rápido para ajudar a economizar água.
Como utilizar?
Molhar o cabelo e o champô, fazendo espuma através da massagem direta da barra sobre a cabeça. Pessoalmente prefiro fazer a espuma nas mãos molhadas e passar no cabelo.
Passar o champô da raíz até às pontas. Uma vez mais, eu só aplico champô na cabeça.
Enxaguar.
Guardar o champô numa caixa. Recomendo uma saboneteira, para que a água que fica na barra possa escorrer.
Composição
SODIUM COCOYL ISETHIONATE, HYDROGENATED VEGETABLE OIL, SODIUM COCO-SULFATE, AQUA / WATER, POLYGLYCERYL-4 LAURATE, GLYCERIN, HYDROXYPROPYL GUAR HYDROXYPROPYLTRIMONIUM CHLORIDE, PARFUM / FRAGRANCE, CAPRYLIC/CAPRIC TRIGLYCERIDE, ACACIA DECURRENS FLOWER CERA / ACACIA DECURRENS FLOWER WAX, HELIANTHUS ANNUUS SEED CERA / SUNFLOWER SEED WAX, MEL / HONEY, CERA ALBA / BEESWAX, JOJOBA ESTERS, TETRASODIUM GLUTAMATE DIACETATE, POLYGLYCERIN-3, COUMARIN, LIMONENE, BENZYL ALCOHOL, BENZYL SALICYLATE (F.I.L. C260713/1))
Preço
€6-10 por 60g
Opinião
Parece que os sólidos vieram para ficar. Mas não se enganem com a aparente novidade. Na verdade eles sempre cá estiveram. Afinal de contas, o que são sabonetes, batons ou pós compactos senão cosméticos sólidos? Neste caso, a inovação está “apenas” na aplicação. Além destes exemplos tão nossos conhecidos, os sólidos têm vindo a ser aplicados aos champôs, condicionadores, pastas de dentes, e até a hidratantes, que se “derretem” aquando do contacto com a pele. Mas para quê complicar? Pelo planeta. Por não conter água, cada produto contém uma maior quantidade de ingredientes numa mesma quantidade, ocupa menos volume, passa a dispensar o uso de embalagens plásticas, e dura mais tempo. Isto traduz-se num menor uso de materiais de embalagem não recicláveis, água, menos gasto de combustíveis fósseis aquando do transporte e num menor número de compras pelos consumidores para o mesmo número de utilizações.
A crescente popularidade destes produtos tem chegado às grandes marcas, e a Garnier foi a primeira a lançá-los no segmento de supermercado. Existem 4 champôs sólidos de diferentes gamas, para cabelos “delicados”, loiros, frágeis e quebradiços, e normais. Mas as fórmulas são tão semelhantes, que me fazem suspeitar que a única real diferença está nas fragrâncias… Nunca saberemos. Ao contrário dos sabonetes tradicionais, esta fórmula usa ingredentes detergentes sintéticos, que são mais delicados e menos alcalinos, aliando-os a um agente condicionador leve, e a ceras vegetais que conferem consistência à barra. Apesar da aparente indiferença, e de entre as várias opções, escolhi a versão “Tesouros de Mel” cuja fragrância já conhecia e adoro.
Confesso que gostei mais de o utilizar do que esperava. Por se tratar de uma barra relativamente mole, este produto forma espuma com muita facilidade, o que agiliza o seu espalhamento por toda a cabeça. Contudo, este processo é ainda assim significativamente mais moroso do que o uso de um champô semissólido (com água). O produto enxagua muitíssimo bem, deixando o cabelo limpo e lívre de qualquer resíduo. Até estava disposta a usar este produto o resultado fosse equivalente àquele que consigo com um champô tradicional. Mas não foi. Isto porque ao fim de diversas lavagens consecutivas reparei que o meu cabelo se tornou muitíssimo mais frizado na zona do couro cabeludo, o que indica que estarei a usar produto em demasia, na tentativa de o espalhar uniformemente por toda a cabeça, e que provavelmente este será demasiado “lavante” para mim, considerando que o meu couro cabeludo não é minimamente oleoso, e que tenho um cabelo com grande tendência para frizz.
Pesados todos estes aspetos, acredito que estes champôs sólidos vão ao encontro das necessidades da maioria das pessoas, mas não os recomendaria para cabelos muito secos, nem muito oleosos, a julhar também pelas mensagens que fui recebendo. Algumas pessoas disseram-me ainda que a barra parte com facilidade, enquanto outras dizem que se aguenta bem. Na dúvida, é sempre conveniente que a água do champô escorra entre lavagens para prevenir que isto aconteça.
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Marta Ferreira, farmacêutica e fundadora da comunidade “a pele que habito“
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