Esta reação inflamatória atinge principalmente as pele das zonas das nádegas, coxas, parte inferior do abdómen e genitais, poupando as pregas onde não se deposita tanta humidade.
A pele inflamada fica vermelha e com aspeto brilhante e húmido, como que “envernizado”. Na pele negra a cor da zona inflamada pode ser castanha escura ou púrpura, apresentando o mesmo aspeto lustroso. A intensidade da inflamação é variável, podendo também desenvolver-se borbulhas, bolhas ou descamação. À medida que a vermelhidão desaparece, a pele permanece enrugada.
Prevenção e Tratamento
Em ambos os casos é importante manter a zona da fralda seca, com um pH ácido, e protegida do contacto com a urina e as fezes.
Isso pode conseguir-se de com algumas medidas, que podem ser preventivas mas devem ser reforçadas aquando do tratamento da assadura:
- Trocar e fralda frequentemente
Sempre que possível, a fralda deve ser trocada cada vez que a criança defecar ou urinar, o que acontece frequentemente depois das refeições. Nos recém nascidos a troca será mais ou menos horária, mas à medida que crescem a fralda poderá ser trocada a cada 3 ou 4 horas.
Idealmente, a higiene da zona da fralda deveria ser feita com água morna e algodão, sem recurso a sabonetes, águas de limpeza ou toalhetes. Contudo, nem sempre isso é possível, e muitas vezes terá que optar por usar estes produtos de limpeza. Nesse caso, opte por produtos adequados para a pele do bebé, dando preferência àqueles que não têm fragrâncias caso a criança tenha pele sensível ou sofra de atopia.
É muito importante que a pele esteja completamente seca antes de colocar uma nova fralda ou aplicar o creme protetor.
- Aplicar creme protetor a cada mudança de fralda
Desta forma cria-se uma barreira entre a pele do bebé e os seus dejetos, prevenindo a irritação que estes possam desencadear.
Para a
prevenção poderá optar por um
creme para a
muda da fralda mais leve, se a pele do seu bebé não exigir um cuidado especial.
Já para o tratamento da assadura, ou no caso de o bebé sofrer de pele atópica, a melhor solução são os cremes de “barreira”, a pasta de Lassar e a pasta de água, que entre vários ingredientes peotetores contêm óxido de zinco, de ação cicatrizante.
- Usar fraldas superabsorventes e transpiráveis ou fraldas de pano
As fraldas superabsorventes são capazes de
manter a
pele seca, e em
meio ácido (menos irritante para a pele)
e
arejada;
reduzindo o
desenvolvimento de
microorganismos. No entanto, isso
não pode ser razão para
trocar a
fralda com
menos frequência.
Alguns pediatras recomendam alternativamente as fraldas de pano, que garantem o arejamento da pele e são mais ecológicas. Ultimamente têm surgido novas marcas, que apostam em fraldas de pano mais práticas e com cada vez melhor qualidade. Se optar por esta solução, deverá evitar os cremes barreira, que podem entupir o tecido absorvente, optando am alternativa por uma pasta de água.
Hoje em dia as
fraldas convencionais garantemuma
boa absorção durante
várias horas, e por isso se o bebé não acordar a meio da noite talvez seja
melhor não interromper o
sono para
mudar a
fralda. Tenha o cuidado de manter
a pele limpa e seca durante todo o dia, e
antes da
última muda aplique uma
camada grossa de
creme de “barreira”, que
protegerá a
pele durante o
sono.
No caso de já se ter desenvolvido dermatite da fralda, a troca de fralda noturna é essencial.
- Quanto ao pó de talco e fécula de milho…
Estes
pós têm como finalidade
absorver o excesso de
humidade que pode existir na zona da fralda, e contribui para a inflamação da pele. Contudo,
podem ressequir a própria
pele,
contribuindo para a
irritação. Alguns pós contêm também
fragrâncias que
podem irritar a pele mais
sensível. Além disso, estes pós podem
irritar as
vias respiratórias do bebé
quando inalados por acidente.
Em alternativa poderá utilizar os cremes “barreira”, que muitas vezes contêm talco e outros pós mas contrabalançam as propriedades absorventes deste ingrediente depositando também na pele ingredientes hidratantes, e protetores que impedem o seu ressequimento a isolam, bem como calmantes e cicatrizantes, que reduzem a inflamação e aceleram a regeneração cutânea.
Sempre que possível, e se a temperatura ambiente o permitir,
deixe que o
bebé fique o
mais possível sem fralda nem creme “barreira”. Ao esta
exposta ao ar, a
pele não contacta tão
intimamente com a
urina ou as
fezes, e isto permite também que os
pais se apercebam, mais facilmente do
momento em o
bebé precisa de
ser limpo. Além disso, uma
pele arejada cicatriza mais rapidamente. Para isso, pode colocar o bebé sobre um tecido impermeável ou plástico por baixo do lençol.
Quando reencaminhar para o médico
Se ao fim de aproximadamente 3 dias a situação não melhorar, se houver sangramento, pus, bolhas ou se o bebé chorar muito intensamente é porque o tratamento não está a ser eficaz. Quando a nãoé tratada, a dermatite da fralda pode complicar-se e levar a outro tipo de problemas.
Podem ocorrer infeções na pele, como a candidíase, herpes genital ou infeções bacterianas, que resultam na formação de borbulhas, bolhas, ou úlceras. Se a situação não for controlada, podem mesmo desenvolver-se infeções urinárias.
Deixe um comentário